quinta-feira, 11 de abril de 2013



DESENHO
ESTUDOS SOBRE DESENHO: ASPECTOS TEÓRICOS
Introdução ao desenho
1 - Características do desenho:


Diferente da pintura que usa a mancha para preencher superfícies com a cor, o desenho caracteriza-se pela representação gráfica de traços. O seu uso isolado ou na construção de formas, dependendo do propósito, pode gerar sobre uma superfície física ou em meios virtuais, imagens figurativas ou abstratas.

2 - O desenho quanto à forma
Como desenho, propriamente dito, pode ser reconhecido desde um simples risco ate configurações complexas. E ao desenhista não deve ser responsabilizada a obrigação de imitar unicamente a natureza visível com a perfeição esperada. O seu universo gráfico pode transitar pela figuração abstrata que habita a imaginação humana ou os motivos invisíveis, a olho nu, pertencentes a realidade microscópica. Em síntese, identificamos a forma do desenho em duas categorias a saber:

a) Desenho figurativo: Tem a finalidade de representar formas que reproduzem a aparência da realidade. Tanto as naturais quanto as criadas pelo homem. A sua execução pode ser a partir da observação, de memória ou de criação.

Frutas: Desenho com grafite sobre papel canson. (João Max)

b) Desenho abstrato: Representação gráfica não figurativa que tem como motivo de referencia, formas orgânicas (formas da natureza) e geométricas (composição com linhas, planos e ou sólidos geométricos).



3 - Tipos de desenho
O desenho pode ter, como ponto de partida, vários enfoques. Há os que reproduzem o mundo real, outros que revelam a memória do seu autor e ainda os que são propostas originais de novas formas. Vejamos sobre cada uma dessas facetas nos três tópicos a seguir:

a) Desenho de observação: É a representação, na maioria das vezes figurativa, a partir da observação de um modelo se propondo a transferir para o papel de desenho sua forma, textura, iluminação, cor, etc., com auxílio de instrumentos de mensuração visual a distância ou medidas e cálculos mentais por meio da observação direta.



b) Desenho de memória: Representação gráfica que se espelha na forma de elementos da realidade visualizada anteriormente.



c) Desenho de criação: Apresenta configuração original. Pode ser obra da pura imaginação, abstração ou o resultado da combinação de outras formas já existentes, inspiradas nos elementos da realidade.




A habilidade para desenhar:


O desenho é uma habilidade de expressão gráfica natural do ser humano, ocorrendo o seu aparecimento ainda na infância. É por isso que as crianças ao empunharem qualquer instrumento que lhes permitam rabiscar, imediatamente sentem-se impulsionadas a representar linhas ou formas. Elas constroem o seu imaginário num ato espontâneo e mágico deixando sua marca no mundo. São capazes disso muito antes de aprenderem a escrever.

Enquanto habilidade natural, o desenho da criança passa por várias fases de desenvolvimento desde os primeiros rabiscos ate sua estagnação com o realismo visual por volta dos dez anos de idade. A partir daí a representação de formas feitas por jovens ou adultos de qualquer idade tendem a regredir ou permanecem inalteradas, mantendo as mesmas características do desenho infantil.

Para superar a estagnação do seu desenho e avançar para além do realismo visual, a criança precisaria da participação direta da escola. Seriam indispensáveis aulas mesmo básicas sobre a habilidade de ver e representar graficamente a forma dos motivos visualizados. Mas essa realidade não existe. O desenho não é considerado como parte integrante da formação comum do educando. Não é visto como uma necessidade que deva prosseguir da pura expressão rumo ao conhecimento. É deixado a margem do ensino, em vez de acompanhar a evolução cognitiva da criança, como ocorre com os demais conteúdos ministrados na sala de aula.

Devido a inexistência de preparo escolar na área da visualidade e representação de imagens temos adolescentes e adultos inseguros quanto ao seu desenho. A maioria acha que não tem potencial para o mesmo. E quando insistem nos seus traços espontâneos e simbólicos para representar objetos, ambientes e demais figurações da realidade, sentem-se insatisfeitos. Reconhecem que algo não esta bem, mas falta-lhes as informações necessárias para identificar e resolver o problema. Por questões como estas que jovens e adultos, em alguma situação, quando interrogados sobre suas aptidões para o desenho, respondem quase sempre a mesma frase: Eu não sei desenhar. Apesar da afirmação corresponder à negação de pelo menos uma das capacidades naturais do homem, ela também soa como uma autodefesa. Assim não será necessário provar nada.

Se verificarmos sobre o nível de desenvolvimento do desenho entre as pessoas, identificaremos basicamente três categorias. Na primeira delas estão os indivíduos que constroem suas imagens eventualmente, num fazer espontâneo sem preocupar-se com o aperfeiçoamento dessa habilidade. Na segunda categoria fazem parte os que superam os seus próprios limites e mesmo sem o apoio da escola conquistam o domínio do traço pela observação e dedicação ou ainda com a ajuda dos livros e a insistência da prática diária. Alguns, destes, tornam-se exímios desenhistas. Na terceira categoria encontram-se os que fizeram cursos, oficinas ou são profissionais na arte do desenho mediante formação acadêmica. Uma parte, dentre estes, exercem essa prática como um modo de vida.

Como resultado dessas observações sobre as habilidades para o desenho, concluímos que não importa o nível de conhecimento e experiência, no fundo todos desenham. Alguns permanecem no traçado básico enquanto outros são mais aprimorados. Todavia, reconhecidos como desenhistas são apenas os que sobressaem nessa habilidade pelos caminhos da superação ou dos estudos.

Pré-requisitos para desenhar


A habilidade para desenhar requer alguns fatores indispensáveis que podem ser adquiridos. Entre eles citamos os seguintes:
 
a) Cálculo visual e mental de proporções: Durante o processo do desenho são realizadas mensurações entre as partes e o todo do motivo. As dimensões de altura largura e profundidade são analisadas de modo espontâneo, na maioria das vezes restringindo-se a cálculos mentais. Nas representações mais complexas são utilizados instrumentos de mensuração direta ou a distância.

b) Conhecimento sobre perspectiva linear: O conhecimento sobre perspectiva é imprescindível para quem pretende desenhar corretamente a aparência de volume dos objetos, profundidade e espaço de ambientes ou paisagens e todo tipo de esquemas gráficos que buscam reproduzir as características tridimensionais da realidade. O uso da perspectiva se faz necessário desde o esboço ate o delineamento final das formas de estrutura plana ou tridimensional.

c) Habilidade gráfica de luz e sombra: Para melhor imitar a realidade o desenhista deve conhecer como ocorrem os efeitos da luz e seus reflexos sobre os objetos. A partir daí, através do esfumado do grafite, tracejados de canetas ou manchas chapadas e em degrades das tintas é possível reproduzir as texturas, atmosferas e climas dos motivos. O sombreamento trabalha a estrutura visível do desenho.

d) Domínio do espaço compositivo: De que adianta ser um exímio desenhista com habilidades para representar formas, ditas, perfeitas e belas, se na hora de plasmar essas formas sobre o papel de desenho elas mostram-se desproporcionais, fora de enquadramento, sem equilíbrio ou unidade no espaço compositivo. O resultado de uma imagem, nestas condições, será o infortúnio de não cumprir o seu propósito no contexto da cena em que foi colocada.

e) Técnicas de desenho: São muitas as técnicas de desenho. Entre elas citamos o grafite, responsável pelos esfumados, o bico de pena que recorre a traçados para contornos e efeitos de sombreamento com hachuras e ainda o pincel com tinta utilizado na representação de traçados e manchas permitindo um aspecto mais espontâneo ao desenho. Não importa qual dessas técnicas sejam usadas. Ao dominar pelo menos uma delas, juntando aos demais pré-requisitos já citados, o desenhista está apto para encerrar sua obra com apresentação profissional.

Etapas de representação do desenho


Engana-se quem acha que o desenho de acabamento profissional é resultado de uma única etapa de execução. O primeiro traçado não é o definitivo. Ele é o ponto de partida, uma busca com vários ajustes ate atingir a forma desejada. Basicamente são necessárias três etapas para obter o resultado final.

a) Esboço: É o traçado inicial em busca da forma ideal do motivo a ser desenhado. Na execução do esboço são riscadas linhas de construção elaborando esquemas gráficos geradores da forma final. Neste momento também é considerado o espaço de representação obedecendo aos critérios próprios da composição visual.

b) Delineamento: É a definição linear da forma com maior clareza e nitidez em relação ao esboço. Após o delineamento o traçado do esboço pode ser apagado para limpar os excessos da imagem.

c) Arte final: É neste momento que o desenhista fará a finalização da imagem recorrendo a uma técnica gráfica de seu domínio. Entre as principais técnicas pode ser utilizado o grafite, tinta ou recursos modernos vinculados a computação gráfica. A partir daqui o próximo passo será a exposição da obra ou a sua reprodução em série por meio do processo de impressão.




ESTUDO DAS CORES

As cores fazem parte do nosso dia a dia impregnadas de simbologia e significados. Na natureza estão distribuídas harmoniosamente inspirando o homem na hora de sua aplicação nas artes, na moda, publicidade, etc. Para melhor dominar o seu uso enquanto pigmento, identifique suas características, efeitos, harmonia e temperatura.

Círculo cromático: As cores que estudaremos a seguir são baseadas nas demonstradas no círculo cromático disponível ao lado.

Veja o código das cores de acordo com os números:
1ª = primárias
2ª = secundárias
3ª = terciárias


PRINCIPAIS CORES
Cores Primárias:
O amarelo, o azul e o vermelho são cores primárias. Ou seja, elas são puras, sem mistura. É a partir delas que são feitas as outras cores.
Amarelo

Vermelho


Azul



Cores secundárias:
O verde, o laranja e o roxo são cores secundárias. Cada uma delas é formada pela mistura de duas primárias.





(Amarelo + Vermelho)Laranja             
(Azul + Vermelho)Roxo

(Amarelo + Azul)Verde


Cores terciárias:
As cores terciárias são resultante da mistura de cores primárias com secundárias como exemplificado nas misturas abaixo.


Cores neutras:
O preto o branco e o cinza, em todas as suas tonalidades, claras ou escuras formam as cores neutras. As demais cores, quando perdem o seu colorido pela excessiva mistura com o preto, o branco ou o cinza, também se tornam cores neutras. As mais comuns são o marrom e o bege.






EFEITOS CROMÁTICOS
Manipulando as cores é possível obter diversos efeitos cromáticos. Entre eles destacam-se os seguintes:

Monocromia:
Corresponde à variação tonal de apenas uma cor com nuanças para o claro quando misturada ao branco ou para o escuro com a obtenção do acréscimo do preto.




Tonalidade:
É a variação tonal de uma cor, que pode ser conseguida num processo de escala ou dégradé.




Policromia:
Ocorre numa composição com a combinação de mais de três cores organizadas separadamente.





Matiz:
Matiz é a característica que define e distingue uma cor. Vermelho, verde ou azul, por exemplo, são matizes. Para se mudar o matiz de uma cor, acrescenta-se a ela outro matiz.





HARMONIA CROMÁTICA
Cores análogas:
São as cores que não apresentam contraste entre si. Elas são constituídas de uma base cromática em comum. São vizinhas no disco cromático.





Cores complementares:
São cores contrastantes entre si. Nelas não há pigmentos em comum, por isso quando misturadas formam, completam a soma de todas as cores. No disco cromático estão localizadas em posição oposta.




TEMPERATURA DAS CORES

Cores quentes: São as cores que transmitem calor, alegria e luz, a exemplo do amarelo, laranja e vermelho.

Cores frias: Caracteriza-se pelas cores menos vibrantes, melancólicas, calmas comum do verde, roxo e azul




terça-feira, 9 de abril de 2013




GRAFITE

DEFINIÇÃO: É um desenho feito em paredes, muros ou monumentos. Pode ser uma figura ou um conjunto de letras e palavras, com formas e significados alterados, ou seja, em vez do alfabeto tradicional, as letras são quebradas e misturadas a setas, curvas, asas, olhos, pés, raios e outros elementos.
As palavras, desse modo, são escritas para serem vistas, e não lidas.
No caso das figuras, o grafiteiro costuma fazer uma imagem inicial usando um  molde de papelão (chamado máscara) e tinta spray. Depois, dá o acabamento. Alguns fazem o esboço com carvão diretamente no muro.
Não se deve confundir grafite com pichação, que em geral é uma frase de protesto político, mensagem de uma gangue ou até mesmo uma declaração de amor.










ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO DO GRAFITE
1.    Escolha do tema e elaboração do conceito.
2.    Rascunho (esboço).
3.    Elaboração de moldes em positivo e negativo.
4.    Trabalho final (grafite).

MATERIAIS
Lápis preto HB
Borracha
Régua
Tinta guache
Papel canson ou duplex
Lápis de cor
Esponja de cozinha
Chapa de raios X ou papelão
Spray